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'Respeitamos a lei internacional': Ao lado de Trump, Macron descarta reter ativos congelados russos

O presidente dos EUA, por sua vez, assegurou que seu acordo de terras raras com a Ucrânia está em estágio avançado e pode se concretizar logo.
'Respeitamos a lei internacional': Ao lado de Trump, Macron descarta reter ativos congelados russosGettyimages.ru / Chip Somodevilla

Nesta segunda-feira, em uma reunião com o presidente norte-americano Donald Trump na Casa Branca, Emmanuel Macron falou sobre os ativos russos congelados em instituições europeias:

''Nós já o utilizamos para sustentar os empréstimos [à Ucrânia] negociados no G7. E isso faz parte das sanções. (...) Mas claramente nós respeitamos a lei internacional: (...) você pode pegar os derivados desses ativos congelados, mas não os ativos em si''.

Na semana passada, Elvira Nabiullina, presidente do Banco Central russo, afirmou que seu país desbloqueou cerca de 570 bilhões de rublos [cerca de US$ 6,5 bilhões] pertencentes a investidores russos que estavam retidos em bancos do Ocidente.

Acordo sobre terras raras

Ao longo da reunião, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou ainda que seu país está muito próximo de alcançar um acordo com a Ucrânia sobre as terras raras. De acordo com ele, isso possibilitaria que Washington recuperasse o dinheiro enviado ao país eslavo: 

''Parece que estamos chegando bem perto [de assinar]. Acredito estarmos muito próximos de chegar a um acordo que devolverá nosso dinheiro ao longo do tempo'', afirmou Trump.

''Mas também nos dá algo que acredito ser muito benéfico para sua economia, para seu país. Porém esperamos 350 bilhões de dólares. É muito dinheiro investido. [...] E foi culpa da administração [do ex-presidente Joe] Biden”, sustentou o mandatário.

Nesta segunda-feira, o jornal Axios teve acesso ao suposto acordo, nomeado ''Acordo Bilateral com Termos e Condições para Criação de Fundo de Investimento de Reconstrução''. Nele, Washington se comprometeria a investir na Ucrânia, em troca de 50% de toda receita proveniente da exploração das terras raras.

Nesse contexto, Trump falou na possibilidade de se reunir com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, nesta semana ou na próxima, buscando firmar o tratado. Ele também assegurou que Washington está ajudando Kiev mais do que nunca:

''Nós estamos ajudando a Ucrânia como ninguém havia ajudado antes”, garantiu, acrescentando que se tivera assumido o cargo presidencial antes, o conflito jamais teria começado. ''Temos que solucioná-lo'', reiterou o político republicano, referenciando a necessidade de pôr fim ao conflito ucraniano.