Chefe do Pentágono: "Se a Ucrânia cair, a OTAN entrará em confronto com a Rússia"

O presidente da França, Emmanuel Macron, não descartou na semana passada a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, uma ideia que sofreu forte oposição tanto no país quanto por seus aliados da UE e da OTAN.

Se a Ucrânia perder no conflito atual, a OTAN "entrará em confronto com a Rússia", afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ao Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes na quinta-feira.

"Se a Ucrânia cair, novamente, [o presidente russo Vladimir] Putin não vai parar por aí" e atacará os países vizinhos, principalmente os países bálticos, opinou Austin. "Francamente, se a Ucrânia cair, eu realmente acho que a OTAN poderia enfrentar a Rússia", disse ele.

O chefe do Pentágono também pediu ao Congresso dos EUA que alocasse mais fundos para Kiev, pois isso beneficiaria Washington. "A Ucrânia é importante porque, antes de tudo, é importante para nossa segurança nacional", disse Austin. "É um investimento: ao fornecermos recursos à Ucrânia, substituímos esses recursos por equipamentos mais modernos em nosso próprio inventário. Tudo isso passa por fábricas em vários estados do país. São bilhões de dólares destinados à expansão de nossas linhas de produção e ao aumento de nossa capacidade", explicou.

Quem é o agressor?

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, foi rápida ao comentar as observações de Austin: "Isso é uma ameaça direta à Rússia ou uma tentativa de encontrar uma desculpa para [o presidente ucraniano Vladimir] Zelensky? Ambas as variantes são rebuscadas. Mas agora todos podem ver quem é o agressor: Washington.