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Chefe do Pentágono: "Se a Ucrânia cair, a OTAN entrará em confronto com a Rússia"

O presidente da França, Emmanuel Macron, não descartou na semana passada a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, uma ideia que sofreu forte oposição tanto no país quanto por seus aliados da UE e da OTAN.
Chefe do Pentágono: "Se a Ucrânia cair, a OTAN entrará em confronto com a Rússia"Gettyimages.ru / Alex Wong

Se a Ucrânia perder no conflito atual, a OTAN "entrará em confronto com a Rússia", afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ao Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes na quinta-feira.

"Se a Ucrânia cair, novamente, [o presidente russo Vladimir] Putin não vai parar por aí" e atacará os países vizinhos, principalmente os países bálticos, opinou Austin. "Francamente, se a Ucrânia cair, eu realmente acho que a OTAN poderia enfrentar a Rússia", disse ele.

O chefe do Pentágono também pediu ao Congresso dos EUA que alocasse mais fundos para Kiev, pois isso beneficiaria Washington. "A Ucrânia é importante porque, antes de tudo, é importante para nossa segurança nacional", disse Austin. "É um investimento: ao fornecermos recursos à Ucrânia, substituímos esses recursos por equipamentos mais modernos em nosso próprio inventário. Tudo isso passa por fábricas em vários estados do país. São bilhões de dólares destinados à expansão de nossas linhas de produção e ao aumento de nossa capacidade", explicou.

Quem é o agressor?

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, foi rápida ao comentar as observações de Austin: "Isso é uma ameaça direta à Rússia ou uma tentativa de encontrar uma desculpa para [o presidente ucraniano Vladimir] Zelensky? Ambas as variantes são rebuscadas. Mas agora todos podem ver quem é o agressor: Washington.

  • O presidente russo, Vladimir Putin, comentou na quinta-feira, durante seu discurso anual na Assembleia Federal, que as declarações ocidentais sobre os supostos planos de Moscou de atacar a Europa são "absurdas".
  • Ele disse que os relatos de que Moscou planeja implantar armas nucleares no espaço são "infundados". "Tais insinuações, que nada mais são do que insinuações, são uma armadilha para nos empurrar para negociações em seus próprios termos, que só favorecem os EUA", disse ele.
  • A declaração de Austin chega no contexto das declarações do presidente francês Emmanuel Macron, que nessa semana não descartou o possível envio de tropas ocidentais para a Ucrânia, uma ideia que sofreu forte oposição tanto em seu país quanto por seus aliados da UE e da OTAN.