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Lavrov: São 'pessoas doentias' que consideram traição os EUA conversarem com a Rússia
O chanceler russo criticou as vozes ocidentais que questionam o desejo de Washington de sentar-se à mesa de negociações com Moscou.
O diálogo renovado entre a Rússia e os EUA foi percebido pelos líderes da UE e da OTAN como "uma traição aos interesses do Ocidente", declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira, enfatizando que tal reação corresponde a "pessoas doentias".
"A reação desses personagens tragicômicos que comandam a burocracia de Bruxelas e da OTAN à reunião em Riad é bastante reveladora. O próprio fato de os representantes das duas grandes potências se sentarem para conversar e definir sua posição é visto como uma traição aos interesses do Ocidente", afirmou Lavrov durante uma coletiva de imprensa após a cúpula dos ministros das Relações Exteriores do G20 na África do Sul.
"Essas pessoas não são saudáveis e, em geral, todos os nossos interlocutores na maioria dos países do mundo pensam dessa forma, embora nem todos nos digam diretamente, mas a sensação é de que esse é o caso", declarou.
- Delegações de alto nível da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram nesta terça-feira na capital da Arábia Saudita, Riad, a fim de normalizar as relações entre as duas potências e avançar em direção a um acordo sobre o conflito na Ucrânia, bem como se preparar para uma reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump. Essas são as primeiras conversas entre os dois países em anos de conflito armado na Ucrânia.
- Nesse contexto, uma cúpula urgente foi realizada em Paris na segunda-feira, na qual os líderes europeus tentaram decidir quais garantias de segurança poderiam dar a Kiev e se o envio de um contingente militar para o território ucraniano poderia estar entre elas. A reunião terminou sem nenhuma decisão sobre o conflito ucraniano e demonstrou as divergências entre os participantes.
