O presidente dos EUA, Donald Trump, busca um acordo mais amplo com a China enquanto impõe tarifas e planeja uma guerra comercial contra seu principal rival, informou recentemente o The New York Times.
Segundo os assessores de Trump, o presidente pretende discutir a questão da segurança nuclear pessoalmente com o líder chinês Xi Jinping: "Ele gostaria que o acordo abrangesse também questões como a segurança das armas nucleares", diz a publicação.
O acordo abordaria também relações comerciais que preveem aportes significativos de investimentos chineses nos EUA, bem como o compromisso de comprar mais produtos norte-americanos.
Obstáculos para acordo
No entanto, ainda há grandes obstáculos que precisam serem superados para a realização de tal acordo, sobretudo porque o governo Trump ainda não definiu claramente o que deseja de Pequim.
O gigante asiático desempenha um papel ambíguo em sua relação com os Estados Unidos: é ao mesmo tempo uma de suas "maiores ameaças", um "importante parceiro comercial" e ator-chave em várias áreas tais como tecnologia, segurança nuclear e prevenção contra pandemias, observa o jornal.
Em 1º de fevereiro, Washington impôs tarifas de 10% sobre as exportações do gigante asiático. Pequim, por sua vez, retaliou com tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito dos EUA e de 10% sobre petróleo, maquinário agrícola, veículos de grande porte e caminhonetes. Além disso, o Ministério de Comércio da China anunciou que Pequim processará os Estados Unidos na OMC por causa das tarifas impostas por Trump.
Na quinta-feira (20), Donald Trump reafirmou sua disposição em negociar com a Rússia e com a China sobre a redução do número de ogivas nucleares, enfatizando que considera inaceitável o uso e a proliferação de armas nucleares.