Washington está insatisfeito com a resposta de Kiev às iniciativas econômicas propostas pelo presidente Donald Trump, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz. Segundo ele, Trump não tolerará "escalada retórica e oposição" de Zelensky.
"Nem todo mundo entendeu a mensagem de que a era da guerra destrutiva sem fim, com morte e destruição, acabou", comentou Waltz. "O presidente Trump tem sido muito claro ao dizer que quer acabar com essa guerra", enfatizou.
"Escalada retórica" ucraniana
Nesse sentido, ele disse estar "frustrado" com o "retrocesso bizarro" e a "escalada retórica" de Zelensky contra o que Waltz definiu como uma "oportunidade absoluta" de ter investimentos dos EUA em infraestrutura no país.
Com isso, ele se referiu a um possível tratado sobre os recursos naturais ucranianos, enfatizando que "os contribuintes norte-americanos merecem recuperar parte do investimento" em assistência financeira à Ucrânia.
O funcionário afirmou que o lado ucraniano, em vez de ver a "oportunidade" apresentada a eles no tratado, está respondendo com "resistência crescente" que os EUA "não tolerarão".
Waltz descreveu as relações entre a Casa Branca e o regime de Kiev como "frustrantes" e disse que elas estão "claramente indo na direção errada".
Advertências à Zelensky
No mesmo dia, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, emitiu uma advertência semelhante ao líder do regime ucraniano, pedindo que ele evitasse críticas públicas a Trump.
"A ideia de que Zelensky vai mudar a opinião do presidente falando mal dele na mídia pública está errada. Todo mundo que conhece o presidente lhe dirá que essa é uma maneira terrível de lidar com esse governo", afirmou Vance em uma entrevista exclusiva ao Daily Mail.
Anteriormente, Trump declarou que o índice de aprovação de Zelensky "caiu para 4%". Em resposta às recentes declarações do presidente dos EUA sobre a necessidade de eleições na Ucrânia, Zelensky disse que as palavras de Trump "vêm da Rússia" e que Trump "vive nesse espaço de desinformação". Ele também afirmou que eles têm "números completamente diferentes" sobre a quantidade de fundos alocados à Ucrânia pelos EUA. Por sua vez, Donald Trump chamou o líder do regime de Kiev de "ditador sem eleições".