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Lavrov: 'Não fomos nós que pioramos as relações com Ocidente e não corremos atrás para melhorá-las'
O ministro das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que, se os países ocidentais decidirem retomar as relações, Moscou estudará "sob quais condições isso pode ser feito".
A Rússia não planeja "correr atrás" de nenhum país para melhorar as relações, já que não fez nada para piorá-las, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na quarta-feira.
"Não vamos correr atrás de ninguém, não fizemos nada para congelar e, de fato, destruir amplamente nossas relações com o Ocidente, inclusive com a Europa", afirmou o chanceler durante uma coletiva de imprensa.
Lavrov ressaltou que Moscou "segue seu próprio caminho e resolve suas próprias tarefas", como encerrar a operação militar especial "em seus próprios termos" e garantir que sua economia e todo o seu "sistema funcionem de tal forma que não dependam dos caprichos dos parceiros ocidentais ou de outros parceiros".
Iniciativa deve vir do Ocidente
Se o Ocidente decidir, em algum momento, restabelecer relações com a Rússia, Moscou avaliará em que condições isso pode ser feito, mas, enquanto isso, está trabalhando para "fortalecer nosso Estado no interesse de nosso próprio povo", disse Lavrov.
"Se, depois de algum tempo, nossos colegas ocidentais recuperarem a razão e quiserem retomar as relações, veremos em que condições isso pode ser feito", destacou.
A iniciativa de restabelecer as relações, de acordo com o chanceler russo, deve vir dos europeus. "Não estamos nem pensando nisso agora, estamos fortalecendo nosso Estado no interesse de nosso povo", acrescentou.
Negociações entre Rússia e EUA
A Rússia e os EUA mantiveram na terça-feira primeiros contatos em alto nível desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e abriram caminho para a normalização de suas relações. A reunião foi realizada em Riad, capital da Arábia Saudita.
Durante as conversas, as partes concordaram em acelerar a nomeação de embaixadores e em eliminar problemas no funcionamento de suas respectivas missões diplomáticas. Eles também concordaram em avançar com um processo para resolver a situação na Ucrânia.