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Putin chama de "absurdas" as declarações ocidentais sobre supostos planos da Rússia para atacar a Europa

O presidente russo também classificou como "infundados" os relatos de que Moscou planeja instalar armas nucleares no espaço.
Putin chama de "absurdas" as declarações ocidentais sobre supostos planos da Rússia para atacar a EuropaSputnik / Sergei Guneev

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comentou nesta quinta-feira, durante seu discurso anual na Assembleia Federal, que as declarações ocidentais sobre os supostos planos de Moscou de atacar a Europa são "absurdas".

Além disso, ele afirmou que os relatos de que Moscou planeja implantar armas nucleares no espaço são "infundados". "Tais insinuações, que não passam de insinuações, são uma armadilha para nos empurrar para negociações em seus próprios termos, que só favorecem os EUA", disse ele.

Em resposta às acusações dos EUA, Putin lembrou que Washington "está bloqueando" a proposta de Moscou de 2008 de não instalar armas nucleares no espaço. Nesse sentido, ele disse que as declarações dos EUA sobre seu interesse em dialogar com a Rússia sobre questões de estabilidade estratégica são "demagogia" no período que antecede as eleições presidenciais a serem realizadas nos EUA este ano. "Eles querem mostrar que ainda dominam o mundo", disse.

No entanto, observou que Moscou está pronta para dialogar sobre estabilidade e segurança, mas sempre levando em conta os interesses da Rússia. "Se quiserem discutir questões de segurança e estabilidade [...] importantes para todo o planeta, deve ser feito, [...] incluindo todos os aspectos que afetam nossos interesses nacionais e têm um impacto direto sobre a segurança de nosso país", sublinhou.

Além disso, o mandatário russo indicou que o Ocidente está tentando "arrastar" seu país para uma corrida armamentista a fim de "nos esgotar e repetir o truque que fizeram nos anos 80 com a União Soviética", cujos gastos com defesa, segundo ele, chegaram a 13% do PIB entre 1981 e 1988.

O presidente também destacou a importância de "desenvolver o complexo industrial de defesa de forma que aumente o potencial científico, tecnológico e industrial do país" e de "distribuir os recursos da forma mais racional possível".