
Сúpula de emergência da UE e OTAN fracassa e termina sem nenhuma decisão sobre Ucrânia

A cúpula de emergência da União Europeia em Paris, ocorrida na segunda-feira (17), não resultou em nenhuma decisão sobre o conflito na Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, ao término do encontro.
"Estamos cientes de que essas reuniões não resultam em decisões", declarou.
"Depois das várias declarações em Munique [na Conferência de Segurança de Munique], algumas delas emotivas, fiquei satisfeito em ouvir de todos, sem exceção, que é do interesse tanto dos países aqui representados quanto da Europa como um todo trabalhar com a maior urgência e intensidade possível para fortalecer a cooperação entre aliados", acrescentou.

O site Politico destacou que as divergências entre os líderes presentes impediram a definição de uma solução comum. Após três horas e meia de reunião, as reações foram classificadas como "decepcionantes".
"Os líderes não conseguiram apresentar novas ideias conjuntas, discutiram sobre o envio de tropas para a Ucrânia e voltaram a abordar questões relacionadas à ajuda ao país e ao aumento dos gastos com Defesa", publicou o veículo.
Discordâncias sobre envio de tropas à Ucrânia
Um dos pontos mais controversos do encontro foi o possível envio de tropas para a Ucrânia. França e Reino Unido demonstraram apoio à ideia, enquanto Alemanha, Itália, Polônia e Espanha se mostraram cautelosas.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou após a reunião que qualquer discussão sobre o envio de forças de paz para a Ucrânia era "completamente prematura" e "altamente inadequada" enquanto o conflito continuasse.
Europeus à margem das negociações
A decisão de convocar a cúpula de emergência ocorreu após Keith Kellogg, enviado especial de Donald Trump para a Ucrânia, declarar no sábado (15) que a Europa não participaria das negociações sobre o conflito.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reforçou essa posição na segunda-feira (17).
"Não sei qual é o objetivo de tê-los na mesa de negociações", disse o chanceler russo.
"Como [os europeus] vão tentar obter algumas ideias inteligentes sobre o congelamento do conflito, enquanto eles próprios – por seus costumes, caráter e hábitos – têm em mente a continuação da guerra, então por que convidá-los?", questionou o chanceler russo.