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Empresas americanas perderam US$ 300 bilhões com saída de mercado russo, revela economista
A política de sanções do Ocidente teve um efeito negativo para próprias empresas norte-americanas, afirmou o chefe do fundo soberano russo, Kirill Dmitriev, destacando a necessidade de "construir pontes" entre Rússia e EUA.
As empresas norte-americanas perderam mais de US$ 300 bilhões ao deixarem o mercado russo em meio às sanções relacionadas à Ucrânia, revelou Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, responsável pelo aspecto econômico das negociações na comitiva russa.
"As empresas norte-americanas perderam mais de US$ 300 bilhões com a saída do mercado russo", afirmou Dmitriev a um correspondente da CNN, nesta terça-feira (18), antes das negociações diretas entre Rússia e EUA sobre o conflito na Ucrânia, realizadas na Arábia Saudita.
O valor é praticamente equivalente ao montante dos ativos do banco central russo congelados no Ocidente devido às sanções.
Dmitriev observou que, devido a essas grandes perdas, o levantamento das sanções seria do interesse dos EUA, e não apenas da Rússia.
"O que queremos é um bom diálogo... encontrar formas econômicas comuns para resolver problemas é extremamente importante, principalmente para os EUA", destacou.
Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, em 2022, mais de 1.500 empresas ocidentais, incluindo grandes nomes norte-americanos como McDonald’s, Starbucks, Coca-Cola, Disney e Levi’s, deixaram o mercado russo, fechando suas lojas no país.
Diálogo crucial
Dmitriev também declarou que Moscou e Washington precisam restabelecer o diálogo para resolver conjuntamente os problemas que afetam ambas as economias.
Comentando sobre as conversações entre Rússia e EUA, Dmitriev afirmou que "o mundo inteiro está esperando para ver se os EUA e a Rússia conseguirão melhorar suas relações".
"Acho muito importante construir pontes. Acho que as relações entre os EUA e a Rússia são muito importantes para o mundo. Acho que é muito importante que os EUA e a Rússia cooperem", enfatizou.
Dmitriev observou que Moscou já estava em contato com membros da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, antes das negociações, e os considera "grandes solucionadores de problemas".
Ele afirmou que os sinais vindos de Washington têm sido positivos até agora, com Trump e sua equipe indicando interesse em restabelecer o diálogo.
Negociações entre Rússia e EUA
O Kremlin afirmou que o encontro será focado principalmente na restauração das relações entre Rússia e Estados Unidos em diversos aspectos.
Também estão na pauta discussões sobre uma possível negociação para a resolução do conflito na Ucrânia e a organização de uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump.
Enquanto isso, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, declarou que a Ucrânia "não sabe nada" sobre as negociações e que, além de não participar, não reconhecerá os resultados.