
Presidente da Petrobras reforça defesa da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Durante um evento em Angra dos Reis (RJ) nesta segunda-feira (17), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reafirmou a necessidade de avançar com a pesquisa e a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. O evento contou também com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Chambriard, a Petrobras tem como objetivo aumentar a produção de petróleo até 2030, o que exige uma reposição de reservas . A execução desse plano depende da obtenção de licenças ambientais para pesquisas na Margem Equatorial , região que inclui a Bacia da Foz do Amazonas.

"Se obtivermos a licença ambiental, presidente Lula, faremos tudo de forma extremamente segura . Quanto a isso, o senhor pode ficar absolutamente tranquilo. Sendo possível a licença, teremos no Amapá o melhor aparato de resposta à emergência já vista no mundo", afirmou o presidente da estatal.
A iniciativa é alvo de críticas por ambientalistas, mas a execução executiva destacou que todo o processo ocorrerá com segurança.
A exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas ainda depende de aval técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O tema gera divergências dentro do governo, envolvendo órgãos ambientais e setores relacionados à remoção de petróleo.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também se manifestou favoravelmente à pesquisa na região, ressaltando que o Brasil utiliza seus recursos naturais com responsabilidade. Ele traz o crescimento econômico da Guiana, que tem reservas de petróleo exploradas na mesma área.
"Essa reserva, talvez maior que a do pré-sal, já está mudando a realidade dos nossos vizinhos. O PIB da Guiana cresceu 50% no último ano. O Brasil merece, e em nossos irmãos especiais nortistas e nordestinos, viver essa realidade", declarou Silveira.
O ministro também cobrou celeridade na liberação das licenças ambientais para viabilizar os estudos necessários antes de uma eventual exploração de petróleo.
"São mais de R$ 1 trilhão em arrecadação que podem ser investidos em saúde e educação. Não podemos aceitar que mais de R$ 350 bilhões em investimentos sejam parados. A Petrobras já entregou os estudos complementares ao Ibama, e chegou a hora de virar essa chave", afirmou o ministro.