China responde a ameaças de Trump contra o BRICS

Pequim reforçou o compromisso e a cooperação econômica o grupo e alertou para os impactos negativos de guerras tarifárias.

A China continuará a fortalecer sua cooperação com os países do BRICS para impulsionar o crescimento econômico global, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, nesta segunda-feira (17).

A declaração foi feita em resposta às seguidas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 100% sobre países que busquem alternativas ao dólar.

BRICS e a cooperação internacional

Durante uma coletiva de imprensa, Guo destacou que o BRICS se mantém como uma plataforma de cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento, promovendo abertura, inclusão e benefícios mútuos.

Ele enfatizou que o grupo não busca confrontos, mas sim o desenvolvimento conjunto e a prosperidade global.

As críticas de Trump ao grupo ocorreram na semana passada, quando o presidente americano afirmou que o BRICS estaria "morto" depois que ele ameaçou taxar os países do grupo em 100%. 

"Não há vencedores em guerras comerciais"

O porta-voz chinês também alertou sobre os efeitos negativos das disputas comerciais, afirmando que "não há vencedores em guerras comerciais ou tarifárias".

Segundo Guo, restrições comerciais prejudicam os interesses comuns de todos os países e comprometem a estabilidade econômica global.

A imposição de tarifas sobre nações que buscam diversificar suas transações financeiras pode intensificar as tensões entre EUA e países do BRICS.

Apesar das pressões externas, Pequim mantém sua posição de ampliar a cooperação econômica dentro do grupo e com outras economias emergentes.