O presidente ucraniano Vladimir Zelensky reagiu às declarações de seu colega francês Emmanuel Macron, que disse que "nada deve ser descartado" em relação ao possível envio de forças ocidentais para o território ucraniano, de acordo com a mídia local.
"Eu não estava na cúpula. Ele disse que falaria sobre algumas novas ideias sobre como fortalecer a Ucrânia, e disse que compartilharia as informações comigo quando chegasse à Ucrânia", disse Zelensky em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama.
De acordo com o líder ucraniano, Macron chegará ao país eslavo em meados de março e, então, receberá mais detalhes.
"Mas o mais importante é perceber que quando compartilhamos diferentes iniciativas, todas elas são como um segundo, terceiro e quarto passo, e o primeiro passo é proteger e permanecer forte. Acho que isso é importante", enfatizou.
Vários países europeus, incluindo Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, Eslováquia e outros, rejeitaram a iniciativa do presidente francês e descartaram a possibilidade de enviar suas tropas para o território ucraniano. Por sua vez, os EUA garantiram que Washington "não enviará tropas para lutar na Ucrânia".
O Kremlin alertou que, se forças estrangeiras fossem enviadas à Ucrânia, um conflito direto entre a Rússia e a OTAN não poderia ser evitado.
De acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, as declarações de Macron "atingiram um novo patamar" e representam um "alcance público" para "inspirar" o regime de Kiev, além de enviar um sinal aos soldados ucranianos de que "nem tudo é em vão" e que os países aliados estarão "em algum lugar próximo a eles".