
Chanceler da Alemanha diz que seu país 'nunca apoiará a paz imposta na Ucrânia'

A Alemanha nunca apoiará uma paz imposta a Kiev, declarou o chanceler alemão Olaf Scholz na Conferência de Segurança de Munique no sábado (15), após os recentes contatos entre Washington e Moscou, insistindo no princípio de "nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".

"A paz só é possível se a soberania da Ucrânia for garantida, portanto, jamais apoiaremos uma paz imposta à Ucrânia. Tampouco aceitaremos qualquer solução que leve à separação da segurança europeia e americana", disse o político alemão.
"Nós, europeus, representaremos esses interesses de forma confiante e unânime nas próximas negociações. Aliás, nós, europeus, somos os que mais apoiam a Ucrânia, tanto quanto necessário", disse Scholz, observando que os países da UE continuarão a aderir a esse slogan. O chanceler também disse que uma das garantias de segurança para a Ucrânia deveria ser ter seu próprio exército forte, algo que, segundo ele, o país não seria capaz de conseguir por conta própria.
As observações de Scholz foram feitas em meio ao aumento das tensões entre Kiev e Washington após uma conversa telefônica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo americano, Donald Trump, em 12 de fevereiro.
No dia seguinte, Zelenski declarou que não estava satisfeito com o fato de a Casa Branca ter falado com Putin antes dele para resolver o conflito ucraniano. O rápido desenvolvimento dos contatos entre Washington e Moscou também surpreendeu os líderes da UE, que exigem participar das negociações.