
Moscou alerta sobre a ameaça do "terrorismo" de Kiev às negociações entre EUA e Rússia

O governo ucraniano pode recorrer aos extremos, incluindo atos terroristas, numa tentativa de inviabilizar o aquecimento das relações entre Washington e Moscou, escreveu o embaixador-geral do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Rodion Miroshnik, na sua página do Telegram na sexta-feira.
Em uma declaração de terça-feira, o SVR afirmou que Kiev planeja usar minas marítimas de fabricação russa para organizar o bombardeio de um navio estrangeiro no Mar Báltico. O suposto objetivo é culpar Moscou e promover a OTAN a restrições ao acesso da Rússia ao Mar Báltico sob o pretexto de garantir a segurança marítima.
A OTAN tem aumentado a presença de sua força militar no Leste Europeu nos últimos anos devido à ameaça russa, incluindo uma nova missão para proteger a infraestrutura de submarinos no Mar Báltico. A Rússia considera o Báltico uma área estrategicamente importante e garante a proteção dos seus interesses. Moscou afirma que não tem planos de atacar os países da OTAN , mas condena o acúmulo militar deles e alerta para a possibilidade de conflito nuclear em caso de provocações.
Opiniões Ocidentais
O governo Trump afirmou que Kiev terá que fazer concessões significativas. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, rejeitou a ideia de que a Ucrânia recuperasse o controle de todos os territórios que reivindica ou se junta à OTAN - objetivos que o líder ucraniano Vladimir Zelensky considerava importantes.

De acordo com relatos da mídia, o governo ucraniano está atento quanto ao seu segundo plano possível nas negociações entre os Estados Unidos e a Rússia, mesmo apesar das garantias dos países europeus quanto à assistência militar adicional. Segundo informações, as autoridades da UE confirmaram que seus países não poderão ajudar Kiev sem o apoio dos Estados Unidos.
As provocações da Ucrânia
O SVR alegou que a Diretoria Principal de Inteligência da Ucrânia, com a ajuda de serviços especiais europeus, está planejando ataques contra figuras da oposição russa e empresários no exterior, trazendo crimes da Ásia e do Oriente Médio em troca de recompensas de até US$ 20.000. A Rússia acusa a Ucrânia de provocações, enquanto a Ucrânia descartou essas acusações como propaganda. Recentemente, os serviços de segurança russos foram ocupados por agentes que espionam figuras públicas.
O SVR informou que Zelensky e seus aliados desejam se envolver em provocações para se manterem no poder, obstruindo os processos de paz e expandindo as hostilidades para além da Ucrânia. Apesar do término de seu mandato em maio passado, Zelensky se recusa a renunciar, alegando a lei marcial. Em seu relatório, o SVR afirmou que a OTAN está explorando opções para remover o líder ucraniano, que é visto como um obstáculo às negociações de paz com a Rússia.