O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, pediu aos países membros europeus da OTAN que intensifiquem seus esforços, dizendo que o presidente norte-americano, Donald Trump, não permitirá que ninguém transforme o Tio Sam em "Tio Bobo".
Durante uma coletiva de imprensa após a reunião dos ministros da Defesa da Aliança Atlântica, o chefe do Pentágono reiterou que os estados membros devem gastar mais em defesa e fez referência às palavras do ex-presidente dos EUA, Dwight D. Eisenhower.
"Eisenhower foi um dos mais fortes apoiadores da OTAN. Ele acreditava em um relacionamento forte com a Europa. No final da presidência de Eisenhower, no entanto, até mesmo ele estava preocupado com o fato de a Europa não estar assumindo suficientemente sua própria defesa, quase tornando, nas palavras de Eisenhower, 'o Tio Sam em um bobo'", lembrou Hegseth.
"Bem, assim como o presidente Eisenhower, este governo acredita em alianças, acredita profundamente em alianças, mas não se engane, o presidente Trump não permitirá que ninguém transforme o Tio Sam em um Tio Bobo", acrescentou.
"Uma OTAN mais letal"
O secretário de Defesa dos EUA também afirmou que Washington está "comprometido com a construção de uma OTAN mais forte e mais letal", no entanto, quer "garantir que o compromisso europeu e canadense com o Artigo 3 da OTAN seja igualmente forte".
Esse ponto da declaração do bloco militar afirma que "para atingir de forma mais eficaz os objetivos deste Tratado, as partes, separadamente e conjuntamente, por meio de autoajuda e assistência mútua contínuas e eficazes, manterão e desenvolverão sua capacidade individual e coletiva de resistir a ataques armados".
Dessa forma, disse ele, os líderes europeus "devem assumir a responsabilidade primordial pela defesa do continente", o que exige o aumento dos gastos com defesa de 2% para 5% como uma "questão de urgência real".
Hegseth também pediu uma abordagem realista para lidar com o conflito ucraniano e reiterou suas declarações que ele fez na quarta-feira (12) de que a necessidade de reconhecer que um retorno às fronteiras da Ucrânia anteriores a 2014 é uma meta "pouco realista".
"Isso não é uma concessão a Vladimir Putin, é um reconhecimento de uma realidade de poder duro no local", acrescentou.