
Noruega proíbe DeepSeek em órgãos públicos

O parlamento da Noruega proibiu seus integrantes, incluindo deputados e funcionários, de usarem o chatbot chinês DeepSeek em dispositivos oficiais, alegando risco de "vigilância chinesa", informou o jornal norueguês Altinget, com base em um e-mail da administração parlamentar.
"O Storting (parlamento norueguês) está banindo o aplicativo de IA DeepSeek após receber um relatório do Serviço de Segurança Nacional", publicou o Altinget.
Segundo o jornal, a liderança do parlamento tem "preocupações" com o chatbot relacionadas à "privacidade, segurança da informação e desinformação".
Na quarta-feira, funcionários da instituição foram alertados para terem "cautela" ao interagir com a ferramenta chinesa.

Anteriormente, a agência de inteligência da Noruega já havia orientado empresas do país a não utilizarem o DeepSeek em equipamentos conectados a redes corporativas e proibiu o download do chatbot em dispositivos de trabalho de seus funcionários.
Países que já barraram IA chinesa
A Itália foi o primeiro país a proibir o DeepSeek, citando "preocupações com o uso de dados pessoais".
Nos Estados Unidos, congressistas e membros da Marinha foram impedidos de acessar a ferramenta. O mesmo ocorreu com funcionários das gigantes de energia sul-coreanas Korea Hydro & Nuclear Power (KHNP) e KEPCO KPS, além de servidores públicos da Austrália e parlamentares da Lituânia.
Chatbot que abalou mercado global
Em 20 de janeiro, a startup chinesa DeepSeek lançou seu modelo próprio de inteligência artificial, provocando um impacto significativo no mercado global. O anúncio fez a bolsa de valores Nasdaq, nos EUA, registrar uma queda de quase US$ 1 trilhão.
Segundo testes da empresa, o modelo "Qwen 2.5-Max supera em quase todos os aspectos o GPT-4o, o DeepSeek-V3 e o Llama-3.1-405B", afirmou a unidade de computação em nuvem do Alibaba em comunicado publicado no WeChat, referindo-se aos principais modelos de IA de código aberto desenvolvidos pela OpenAI e pela Meta*.
*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.