EUA traíram a Ucrânia? Chefe do Pentágono responde

Pete Hegseth destacou o apoio significativo que os EUA prestaram a Ucrânia e defendeu as políticas da administração Trump que, segundo ele, visam atingir a paz.

As políticas adotadas pelo presidente Donald Trump não representam uma traição à Ucrânia, afirmou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, na quinta-feira (15), ao ser questionado por um jornalista sobre as ações do governo norte-americano.

"Como eu disse aos aliados ontem, reconhecemos o incrível compromisso assumido ao longo de muitos anos, e nenhum país – como o presidente Trump apontou – se comprometeu mais com a missão ucraniana do que os EUA, [foi gasto] o valor de US$ 300 bilhões", declarou Hegseth enquanto aguardava o início de uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em Bruxelas.

"Não há traição nisso", enfatizou ele.

O chefe do Pentágono ressaltou que já existe um consenso de que é do interesse de todos, inclusive do governo dos EUA, buscar a paz – "uma paz negociada" – e o fim da violência no conflito entre Rússia e Ucrânia.

Conversa sobre Ucrânia

Em um telefonema com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira (14), Trump pediu o fim dos combates entre Rússia e Ucrânia o mais rápido possível e defendeu uma solução pacífica para o conflito. "Concordamos que nossas respectivas equipes iniciarão as negociações imediatamente", afirmou.

"A primeira coisa, com o que ambos concordamos, é que queremos acabar com os milhões de mortes que estão ocorrendo na guerra com a Rússia/Ucrânia", destacou o ex-presidente norte-americano.

A Ucrânia não participou da conversa e só foi informada sobre os detalhes depois, em uma ligação separada feita por Trump.

"O presidente Trump me informou sobre os detalhes de sua conversa com Putin", escreveu Zelensky, acrescentando que discutiu com o republicano "as possibilidades de alcançar a paz".