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Ignorada por Trump, União Europeia exige participar das negociações sobre Ucrânia

Após Vladimir Putin e Donald Trump terem abordado as principais questões relacionadas à crise ucraniana, bloco europeu se manifestou afirmando que a paz deve incluir interesses da Ucrânia e da Europa, com participação ativa nas negociações.
Ignorada por Trump, União Europeia exige participar das negociações sobre UcrâniaGettyimages.ru / Thierry Monasse

Após a conversa telefônica entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladimir Putin e Donald Trump, na noite de quarta-feira (14), a União Europeia e seus estados-membros emitiram uma declaração conjunta exigindo participação nas negociações sobre o conflito na Ucrânia.

O documento, publicado no mesmo dia no site do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, contou com o apoio de França, Polônia, Itália, Espanha, Reino Unido, além da Comissão Europeia e do Serviço Europeu de Ação Externa.

"Caminho a seguir juntos"

Na declaração, os países europeus reforçam a necessidade de participação da Europa nas negociações de paz e destacam a intenção de fortalecer os contatos com o governo dos Estados Unidos:

"Estamos ansiosos para discutir o caminho a seguir juntos com nossos aliados dos EUA. A Ucrânia e a Europa devem fazer parte de qualquer negociação", afirmaram, acrescentando que seu objetivo comum é colocar Kiev em "uma posição de força".

"Compartilhamos o objetivo de continuar apoiando a Ucrânia até que uma paz justa, abrangente e duradoura seja alcançada. Uma paz que garanta os interesses da Ucrânia, bem como os nossos", diz o texto.

"Europa deve desempenhar papel central"

A alta representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, reforçou a posição do bloco em sua conta nas redes sociais: "Em qualquer negociação, a Europa deve desempenhar um papel central".

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, também comentou sobre a primeira interação entre Putin e Trump desde a posse do republicano, em 20 de janeiro.

"Como europeus, insistimos repetidamente durante meses que a paz só pode ser alcançada em conjunto para todos: com a Ucrânia e conosco, europeus", afirmou em uma publicação na rede social X.