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Ignorada por Trump, União Europeia exige participar das negociações sobre Ucrânia
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Após a conversa telefônica entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladimir Putin e Donald Trump, na noite de quarta-feira (14), a União Europeia e seus estados-membros emitiram uma declaração conjunta exigindo participação nas negociações sobre o conflito na Ucrânia.
O documento, publicado no mesmo dia no site do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, contou com o apoio de França, Polônia, Itália, Espanha, Reino Unido, além da Comissão Europeia e do Serviço Europeu de Ação Externa.
"Caminho a seguir juntos"
Na declaração, os países europeus reforçam a necessidade de participação da Europa nas negociações de paz e destacam a intenção de fortalecer os contatos com o governo dos Estados Unidos:
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"Estamos ansiosos para discutir o caminho a seguir juntos com nossos aliados dos EUA. A Ucrânia e a Europa devem fazer parte de qualquer negociação", afirmaram, acrescentando que seu objetivo comum é colocar Kiev em "uma posição de força".
"Compartilhamos o objetivo de continuar apoiando a Ucrânia até que uma paz justa, abrangente e duradoura seja alcançada. Uma paz que garanta os interesses da Ucrânia, bem como os nossos", diz o texto.
"Europa deve desempenhar papel central"
A alta representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, reforçou a posição do bloco em sua conta nas redes sociais: "Em qualquer negociação, a Europa deve desempenhar um papel central".
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, também comentou sobre a primeira interação entre Putin e Trump desde a posse do republicano, em 20 de janeiro.
"Como europeus, insistimos repetidamente durante meses que a paz só pode ser alcançada em conjunto para todos: com a Ucrânia e conosco, europeus", afirmou em uma publicação na rede social X.