O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens que confirmam o uso de drones de ataque e artilharia pelo governo ucraniano para impedir o trabalho de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na usina nuclear de Zaporozhie na última quarta-feira.
De acordo com o ministério, o ataque estava previsto para ocorrer antes, em 5 de fevereiro de 2025, mas foi cancelado "exclusivamente devido a ações deliberadas da Ucrânia".
"Os militares russos cumpriram integralmente suas obrigações para garantir a segurança e estabelecer um 'regime de silêncio' na área", afirmou o ministério.
Quando um comboio russo se aproximou da usina, as forças ucranianas lançaram ataques com artilharia, morteiros e drones FPV, levando à decisão de recuar.
"No total, o inimigo realizou 12 ataques contra os veículos do grupo de trabalho do Ministério da Defesa russo que garantiam a reunião e a segurança dos especialistas da AIEA – quatro com artilharia, três com morteiros e cinco com drones FPV", informou a pasta. Alguns veículos da força-tarefa foram danificados.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também confirmou o incidente. A porta-voz Maria Zakharova declarou que os militares russos aguardaram os especialistas da AIEA por várias horas sob ataque de drones ucranianos e ameaça de bombardeio, mas eles nunca apareceram.
"A Rússia se preparou totalmente para a rotação dos especialistas, garantindo a segurança deles e de suas escoltas, definindo a rota específica, realizando os trabalhos técnicos e de engenharia necessários e guiando a equipe até o ponto combinado", disse Zakharova.
Diante da situação, a tropa russa decidiu recuar, mas, no caminho de volta, voltou a ser alvo de drones e morteiros.
"Sob constante ameaça"
"A distância entre o local onde um dos drones ucranianos caiu e a primeira unidade de energia da usina era de menos de 300 metros", afirmou Zakharova. "Com essas ações, o regime neonazista demonstrou mais uma vez sua recusa em negociar e seu caráter terrorista", completou.
Funcionários da usina comentaram o episódio, afirmando que, apesar das tentativas da Ucrânia de desestabilizar as operações, a equipe está se esforçando para garantir a segurança da instalação.
"A nossa missão, em conjunto com a IAEA, de garantir a segurança do trabalho dos inspetores na usina, está sob constante ameaça devido a provocações inimigas", afirmou a administração da usina em uma rede social.
O diretor de relações públicas da usina, Yevgeny Yashin, declarou que a gerência sugeriu repetidamente que os especialistas da IAEA acessassem a instalação pelo território russo, por ser uma rota mais fácil e segura, informou a agência RIA Novosti.