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'Massacre e pilhagem': Coreia do Norte reage a planos de Trump para Gaza

Proposta de Trump de "comprar e controlar" a Faixa de Gaza é considerada por Pyongyang como uma expressão de ambição hegemônica dos EUA, com repercussões internacionais.
'Massacre e pilhagem': Coreia do Norte reage a planos de Trump para GazaGettyimages.ru / Handout

A agência de notícias norte-coreana, KCNA, denunciou, na terça-feira, a proposta de Donald Trump de "comprar e controlar" a Faixa de Gaza, chamando-a de "surto ultrajante" que deve preocupar o mundo inteiro.

A agência afirmou que a medida revela o "caráter natural de existir por meio de massacre e pilhagem" e a "ambição hegemônica e agressiva de dominação mundial" dos Estados Unidos.

"Não é apenas a Gaza"

A mídia também acusou os Estados Unidos de "patrocinar e promover atrocidades desumanas" sob o pretexto de "'direito de autodefesa' de Israel".

O artigo denunciou, ainda, a "ambição de expansão territorial" da administração norte-americana, chamando-a de "ladrão feroz" da soberania e dos territórios de outros países.

"Esse não é, de forma alguma, um problema que afeta apenas a Faixa de Gaza", destacou, apontando para os planos dos Estados Unidos de se apoderar da Groenlândia e do Canal do Panamá, além de trocar o nome do Golfo do México para "Golfo da América".

"Os EUA devem despertar de seu sonho anacrônico e parar imediatamente com o ato de invadir a dignidade e a soberania de outros países e nações", alertou a KCNA.

  • No início de fevereiro, Trump sugeriu a possibilidade de Washington assumir o controle do território palestino, expulsar a população para outros países e construir uma "Riviera" no território devastado por Israel.
  • A iniciativa do republicano já foi criticada pela Rússia e pela China, bem como por vários países da América Latina e do Oriente Médio, que apontam para uma "solução de dois Estados" como a única maneira de acabar com o conflito.