Os preços da eletricidade nos países bálticos subiram drasticamente na bolsa de energia Nord Pool após a saída da região do sistema BRELL, que conectava Belarus, Rússia, Estônia, Letônia e Lituânia.
Na manhã de 8 de fevereiro, os sistemas de energia dos países bálticos foram desconectados do BRELL, informou o serviço de imprensa da empresa de energia estoniana Elering.
"Após a sincronização, Estônia, Letônia e Lituânia se juntarão à maior rede síncrona do mundo, que atende a mais de 400 milhões de consumidores em 26 países", informou o comunicado.
Os países bálticos passaram a integrar o sistema de rede elétrica europeu, anunciou o presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, no domingo, na rede social X.
Aumento nos preços
Até 8 de fevereiro, o custo médio da eletricidade era de 62 euros por MWh (megawatt-hora), mas, na quarta-feira, os preços chegaram a 230 euros por MWh.
No dia da conexão com a rede europeia, os picos diários ultrapassaram 325 euros por MWh, e as projeções indicavam que, entre 15h e 16h GMT, o preço poderia atingir 483 euros por MWh.
Ao marcar a saída da eletricidade russa, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, declarou: "Adeus, Rússia, adeus, Lênin!".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também comentou a mudança em sua conta no X: "Cortamos nossos últimos laços com a Rússia".
Em janeiro, von der Leyen já havia alertado que, ao rejeitar os recursos energéticos russos, residências e empresas europeias enfrentariam "custos exorbitantes de energia".