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Israel ameaça retomar bombardeios contra Gaza

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu retomar os bombardeios em larga escala, a menos que os reféns sejam libertados até o meio-dia de sábado.
Israel ameaça retomar bombardeios contra GazaAP / Seth Wenig

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu um ultimato ao Hamas, exigindo a liberação dos reféns israelenses até o meio-dia de sábado. Ele avisou que, caso o grupo não cumpra o prazo, o cessar-fogo será encerrado e o país retomará "operações militares intensas" em Gaza.

Cessar-fogo e operação militar em Gaza

"Se o Hamas não devolver nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará, e as IDF (Forças de Defesa de Israel) retomarão os combates intensos até a derrota final do Hamas", afirmou Netanyahu.

Nas últimas três semanas, o Hamas libertou 21 reféns em uma série de trocas por centenas de prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses.

No entanto, na segunda-feira (10), o grupo ameaçou interromper outras trocas, acusando Israel de violar os termos do acordo ao impedir o retorno dos palestinos deslocados ao norte de Gaza, restringir as entregas de ajuda humanitária e atrasar as negociações para a segunda fase do cessar-fogo.

Decisão do Gabinete de Segurança de Israel

A declaração de Netanyahu aconteceu após uma reunião de quatro horas do Gabinete de Segurança na terça-feira (11), onde ele e seus ministros decidiram por unanimidade retomar os bombardeios em grande escala em Gaza, caso o Hamas não ceda ao ultimato.

"À luz do anúncio do Hamas sobre sua decisão de violar o acordo e não libertar nossos reféns, ontem à noite eu instrui as IDF a reunir forças dentro e ao redor da Faixa de Gaza", disse Netanyahu.

Ele não especificou se esperava que todos os reféns fossem libertados ou apenas os três programados para a próxima troca no sábado.

Pressão internacional e proposta de Trump

O ultimato de Netanyahu ecoa uma exigência semelhante feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (10). Trump alertou que, a menos que todos os reféns sejam libertados até sábado, "todas as apostas estão canceladas" e "o inferno vai explodir" em Gaza.

Em uma reunião com Netanyahu na semana passada, Trump sugeriu a expulsão de mais de 2 milhões de palestinos, realocando-os em países vizinhos, para que os EUA assumam o controle de Gaza, transformando-a na "Riviera do Oriente Médio".