
Presidente da Sérvia revela quantia gasta pelo Ocidente para tentar derrubar seu governo

Cerca de três bilhões de euros foram enviados para a Sérvia com o objetivo de derrubar o governo do país eslavo, denunciou o presidente sérvio Aleksandar Vucic em uma entrevista à TV Pink na segunda-feira (10).
"Estou literalmente impressionado com o fato de que agora está sendo revelado quanto dinheiro eles [o Ocidente] investiram na minha destruição e na destruição da Sérvia", afirmou Vucic.

"Agora que comecei a fazer os cálculos, eles investiram, meu Deus, três bilhões [de euros] no total nesses dez anos. E o dinheiro que eles investiram nos últimos quatro anos para destruir a Sérvia é inacreditável", revelou.
De acordo com o presidente, à medida que o país começou a "crescer exponencialmente", mais dinheiro estava sendo investido em sua destruição.
"E eles não se importam com as pessoas daqui, que foram levadas às ruas, por causa do derramamento de sangue e tudo o mais", sublinhou.
Objetivos do Ocidente
Para Vucic, entre os motivos para tais investimentos estava "a destruição da política livre e independente da Sérvia". Além disso, houve tentativas de minar a posição do país no cenário internacional para que ele sempre ficasse "dramaticamente atrás da Croácia, da Bulgária, da Eslovênia e assim por diante, de modo que nunca pudesse se aproximar deles".
"E em terceiro lugar, e mais importante, eles querem agir como em um teatro de marionetes, de modo que sua palavra seja a única a ser ouvida e a única a ser atendida. Aqueles que não ouvem, aqueles que desobedecem, não são adequados. Devem ser eliminados", afirmou o presidente.
Ele observou que é esse comportamento dos países ocidentais que levou aos protestos na Sérvia, mas destacou que os estudantes, que se levantaram, "não são estúpidos e não estão em teatro de marionetes como eles imaginavam".
Vucic destacou que as tentativas de derrubar o governo sérvio não têm "nenhum significado político", já que "não têm nada a oferecer ao povo, apenas ódio". "E estou lhe dizendo agora: não haverá revoluções sangrentas ou qualquer tipo de absurdo".
- Em novembro, os protestos começaram na Sérvia quando uma marquise desabou na estação de trem da cidade de Novi Sad, matando 14 pessoas. Os manifestantes exigem a renúncia do primeiro-ministro Milos Vucevic e do prefeito de Novi Sad, Milan Djuric, bem como a prisão de todos aqueles que eles acreditam serem responsáveis pelo que aconteceu.