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Zelensky revela como pretende enviar meninos de 18 anos para front de batalha

O chefe do regime ucraniano detalha benefícios financeiros e educacionais para jovens que se alistarem, enquanto a mobilização forçada de homens continua a gerar protestos.
Zelensky revela como pretende enviar meninos de 18 anos para front de batalhaAP / Olivier Matthys

Jovens ucranianos de 18 a 24 anos que se alistarem nas Forças Armadas da Ucrânia sob contrato receberão um milhão de grivnas (cerca de US$ 24.000) por ano e terão a possibilidade de ingressar em uma universidade sem precisar passar por exames, anunciou o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, na segunda-feira (10).

Ao divulgar os benefícios que os jovens terão ao assinarem um contrato de um ano com o Ministério da Defesa, Zelensky destacou três pontos principais, informando que outros detalhes serão divulgados nos próximos dias.

"O contrato é de um ano. [...] A pessoa [que assina o contrato] poderá ganhar um milhão de grivnas [aproximadamente US$ 24.000] durante esse período", afirmou o chefe do regime.

"Além disso, ela poderá escolher uma universidade sem [precisar] passar por exames; após um ano de serviço na guerra, [ela poderá] escolher uma universidade e estudar lá, com tudo pago pelo Estado", completou.

Zelensky também mencionou outro incentivo econômico para quem aceitar o contrato. "Em terceiro lugar, gostaria de enfatizar as condições especiais para a hipoteca: juros zero, o Estado cobrirá todos os juros", destacou, acrescentando que se trata de um "contrato experimental", que inclui outros benefícios a serem anunciados em breve.

  • Em meio ao debate sobre a redução da idade de mobilização para 18 anos — após a mudança em abril do ano passado, que reduziu de 27 para 25 a idade mínima — Zelensky sancionou uma lei em janeiro deste ano que obriga jovens de 17 anos a se alistarem para o recrutamento na Ucrânia.
  • Enquanto isso, homens ucranianos em idade de combate continuam a fugir do país em grande número para evitar serem enviados à linha de frente. Relatos de mobilização forçada têm sido frequentes na Ucrânia.
  • Na internet, circulam imagens de comissários militares recrutando homens à força, os arrastando pelas ruas ou os retirando de transportes públicos e até mesmo de suas próprias casas. Esse comportamento dos recrutadores tem gerado protestos públicos e atritos com a população.