
Democratas de Nova York querem punições a estudantes que apoiarem a Palestina

Os democratas de Nova York anunciaram nesta segunda-feira um pacote de medidas para conter ativistas que denunciarem os massacres israelenses sob o argumento de "reprimir o antissemitismo nos campos", informou o jornal New York Post.

Segundo a publicação, parlamentares pretendem modificar a legislação para facilitar processos contra universidades ligadas aos manifestantes.
"O estado de Nova York deve usar todas as ferramentas disponíveis para proteger nossos filhos, e é isso que estamos fazendo com essa legislação", disse o deputado estadual Micah Lasher, autor do projeto de lei, citando o aumento de casos de "antissemitismo".
Outra proposta prevê a criação do cargo de "coordenador de direitos civis" nas universidades para "reforçar o direito fundamental a uma educação livre de preconceitos", afirmou a deputada democrata Nily Rozic, que assina o projeto.
Medidas duras e respostas rápidas
No fim de janeiro, Donald Trump lançou uma campanha contra estudantes pró-Palestina, prometendo deportar universitários estrangeiros e outros não cidadãos que participarem de protestos contra os massacres israelense na Faixa de Gaza.
Trump declarou que pretende usar "todas as ferramentas legais disponíveis e apropriadas para processar, remover ou responsabilizar os autores de assédio e violência antissemitas ilegais".
A medida gerou preocupação entre especialistas por possíveis restrições à liberdade de expressão, direito que Trump prometeu defender caso seja eleito.
As ações para conter manifestações pró-Palestina nas universidades dos EUA também enfrentam resistência no meio estudantil.
Em 6 de fevereiro, o jornal The Nation informou que três estudantes de pós-graduação da Universidade Columbia, em Nova York, processaram a instituição por reprimir protestos contra os massacres de Israel em Gaza e no Líbano.