Zelensky dá uma nova desculpa para não realizar eleições

Entre outras justificativas, o líder do regime ucraniano alegou que teria que suspender a lei marcial, o que colocaria em risco o exército e a estabilidade do país.

A realização das eleições presidenciais durante o conflito entre a Rússia e a Ucrânia seria um desastre para Kiev, afirmou o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, em entrevista à ITV News nesta semana.

Segundo ele, as eleições em meio à guerra poderiam resultar em uma série de problemas, desde a desaprovação popular até o risco de perder o exército.

Zelensky declarou que, no momento, as eleições na Ucrânia beneficiariam a Rússia, uma vez que o próprio tema das eleições "foi levantado pelos russos".

A situação se complica ainda mais com a postura de Moscou, que questiona a legitimidade do líder do regime de Kiev desde que seu mandato presidencial expirou oficialmente em maio de 2024.

No fim de janeiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que Zelensky não poderia assinar tratados internacionais, pois esses poderiam ser anulados devido à sua atual situação.

O líder ucraniano acrescentou que a Rússia só estaria interessada em ver as eleições como uma forma de gerar "desestabilização" na Ucrânia. Ele reforçou que a população ucraniana seria contra a realização de eleições nesse momento.

"O povo ucraniano é contra as eleições, todas as pessoas são contra", alegou Zelensky.

Zelensky ainda explicou que a realização de eleições exigiria a suspensão da lei marcial: "Se suspendermos a lei marcial, perderemos nosso exército", afirmou, destacando que, sem isso, Kiev não conseguiria manter suas tropas na linha de frente.

Segundo ele, muitos soldados voltariam para casa e perderiam a "capacidade e moral de combate" caso ocorressem eleições.