O Brasil registrou 38.722 mortes violentas em 2024, uma redução de 5% em relação ao ano anterior, segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). O número, que inclui homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, é o mais baixo desde 2015.
Os resultados foram atualizados nesta quinta-feira (6), na plataforma que a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A taxa nacional de assassinatos caiu de 19,26 para 18,21 por 100 mil habitantes, mantendo a tendência de queda iniciada em 2021.
Em números absolutos, os estados da Bahia (4.480), Rio de Janeiro (3.504) e Pernambuco (3.381) lideram o ranking com mais assassinatos. Já Roraima (119) e Acre (168) registraram os menores índices. Tocantins se destacou com a maior redução proporcional, passando de 25,4 para 15,3 mortes por 100 mil habitantes.
No entanto, Ceará, Maranhão e Minas Gerais tiveram pequenos aumentos nas taxas de homicídios. Além disso, o país ainda enfrenta desafios como a violência policial, que resultou em 6.121 mortes em 2024, e os feminicídios, que somaram 1.438 casos no mesmo período.
Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, a redução reflete o impacto das políticas de prevenção e integração entre União, estados e municípios.
"Com o avanço do uso de tecnologias e investimentos em inteligência, projetamos um impacto ainda maior na redução desses números", afirmou.
Apesar da queda no número de mortes violentas, os dados mostram que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no combate à criminalidade, especialmente em relação à violência policial e aos feminicídios.