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China pede que potências nucleares concordem em não utilizar primeiro seus arsenais

Uma ferramenta jurídica internacional é necessária para garantir a segurança nuclear e promover o desarmamento dessas armas de destruição em massa, disse um alto funiconário chinês.
China pede que potências nucleares concordem em não utilizar primeiro seus arsenaisGettyimages.ru / Gerasimov174

O diretor do Departamento de Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da China, Sun Xiaobo, pediu na segunda-feira que a comunidade internacional promova o controle de armas e o desarmamento nuclear em um momento em que a segurança estratégica mundial enfrenta novos desafios e os países com maior poderio militar "têm quebrado tratados" repetidamente em busca de "sua própria superioridade absoluta".

Ao discursar na Conferência sobre Desarmamento em Genebra, na Suíça, Sun insistiu que as nações com os maiores arsenais nucleares continuem a cumprir suas "responsabilidades especiais e prioritárias" e se comprometam a não serem as primeiras a usar este tipo de armas.

"Os Estados que possuem armas nucleares deveriam negociar e concluir entre si um tratado de não-primeiro uso ou fazer uma declaração política sobre o assunto", alertou o funcionário chinês, segundo a Xinhua.

Sun enfatizou que para alcançar a segurança para todos é preciso respeitar o multilateralismo com o objetivo de estabelecer uma ordem universal e não discriminatória. Além disso, o alto funcionário sublinou que é importante reconhecer a legítima e razoável demanda dos Estados que não possuem armas nucleares para eliminar essa ameaça de destruição em massa, o que está ao alcance da comunidade internacional, onde já existe um amplo consenso sobre a questão da segurança nuclear.

Dentre outras medidas importantes, Sun destacou promoção da implementação de tratados sobre bioquímica e respostas aos desafios científicos e tecnológicos emergentes, como inteligência artificial, espaço e cibernética.

Atualmente, a China e a Índia são as únicas potências nucleares que adotaram formalmente uma política de não-primeiro uso.  A Rússia e os Estados Unidos continuam sendo as nações com os maiores arsenais nucleares do mundo.