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Bolsonaro faz depoimento à Polícia Federal sobre caso de suposto "assédio" à baleia jubarte

O ex-mandatário admitiu que é ele quem aparece nos vídeos, e que não sabia que no Brasil era proibido se aproximar de cetáceos.
Bolsonaro faz depoimento à Polícia Federal sobre caso de suposto "assédio" à baleia jubarteGettyimages.ru / Wagner Meier / Stringer

O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu na terça-feira à sede da Polícia Federal (PF) em São Paulo para prestar depoimento na investigação contra ele pelo suposto caso de "assédio" a uma baleia jubarte em junho de 2023, que pode enquadrar-se como crime ambiental.

O caso contra Bolsonaro começou a ser acompanhado em novembro de 2023 pelo Ministério Público Federal (MPF) brasileiro por meio de um procedimento administrativo pelo "possível crime de assédio intencional a espécies de cetáceos".

De acordo com a investigação, Bolsonaro supostamente perturbou o animal ao se aproximar dele a poucos metros de distância durante um passeio de jet ski na costa de São Sebastião, na referida cidade brasileira. O ocorrido foi registrado em vários vídeos que se tornaram virais nas redes sociais na época.

Essa suposta ação estaria violando a lei de 1987 que proíbe que veículos navegáveis com motor ligado se aproximem dessas espécies a menos de 100 metros em águas jurisdicionais brasileiras.

Após o depoimento de Bolsonaro, que deixou o local sem falar com a imprensa, sua defesa afirmou às mídias que, embora o ex-presidente tenha admitido que é ele quem aparece nos vídeos e que não sabia que no Brasil era proibido se aproximar dos cetáceos, ele nunca teve a intenção de perturbar o animal.

"Não se pode controlar que um animal desse tamanho apareça, surja do fundo do mar. Foi exatamente isso que aconteceu. O presidente tomou todas as precauções desde o momento em que viu a baleia", explicou Daniel Tesser, advogado do ex-presidente, citado pelo O Globo.

No mesmo dia, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Bolsonaro, também depôs e, após deixar a PF, comentou às mídias que foi constrangedor para ele o fato de ter sido convocado, já que não estava perto do animal. Além disso, seu advogado espera que a investigação seja encerrada, pois acredita que "nunca deveria ter sido iniciada".