Bolsonaro faz depoimento à Polícia Federal sobre caso de suposto "assédio" à baleia jubarte
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O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu na terça-feira à sede da Polícia Federal (PF) em São Paulo para prestar depoimento na investigação contra ele pelo suposto caso de "assédio" a uma baleia jubarte em junho de 2023, que pode enquadrar-se como crime ambiental.
O caso contra Bolsonaro começou a ser acompanhado em novembro de 2023 pelo Ministério Público Federal (MPF) brasileiro por meio de um procedimento administrativo pelo "possível crime de assédio intencional a espécies de cetáceos".
De acordo com a investigação, Bolsonaro supostamente perturbou o animal ao se aproximar dele a poucos metros de distância durante um passeio de jet ski na costa de São Sebastião, na referida cidade brasileira. O ocorrido foi registrado em vários vídeos que se tornaram virais nas redes sociais na época.
🐳 IMPORTUNAÇÃO DA BALEIAMesmo que alguns tratem como "piada", o inquérito contra Jair Bolsonaro por importunação de baleia jubarte no litoral de São Paulo tem robustez de provas para configurar crime ambiental. A pena é de 2 a 5 anos de prisão e multa.Com infos CNN Brasil pic.twitter.com/0mWBgKU2jH
— Camarote da República (@camarotedacpi) February 27, 2024
Essa suposta ação estaria violando a lei de 1987 que proíbe que veículos navegáveis com motor ligado se aproximem dessas espécies a menos de 100 metros em águas jurisdicionais brasileiras.
Após o depoimento de Bolsonaro, que deixou o local sem falar com a imprensa, sua defesa afirmou às mídias que, embora o ex-presidente tenha admitido que é ele quem aparece nos vídeos e que não sabia que no Brasil era proibido se aproximar dos cetáceos, ele nunca teve a intenção de perturbar o animal.
"Não se pode controlar que um animal desse tamanho apareça, surja do fundo do mar. Foi exatamente isso que aconteceu. O presidente tomou todas as precauções desde o momento em que viu a baleia", explicou Daniel Tesser, advogado do ex-presidente, citado pelo O Globo.
No mesmo dia, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Bolsonaro, também depôs e, após deixar a PF, comentou às mídias que foi constrangedor para ele o fato de ter sido convocado, já que não estava perto do animal. Além disso, seu advogado espera que a investigação seja encerrada, pois acredita que "nunca deveria ter sido iniciada".