
Guatemala aceitará migrantes deportados pelos EUA, mas não criminosos condenados

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, anunciou na quarta-feira que o país aceitará migrantes de outras nacionalidades deportados pelos Estados Unidos. O acordo foi firmado durante visita do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que tem percorrido países da região para negociar políticas migratórias.
Arévalo ressaltou que os estrangeiros deportados não permanecerão na Guatemala, mas serão repatriados para seus países de origem.

"Trata-se de uma 'repatriação continuada'. Estabeleceremos uma mesa de trabalho bilateral para discutir os detalhes dessa cooperação", explicou. O presidente guatemalteco também afirmou que não há discussões sobre receber "criminosos condenados" no âmbito do acordo.
Desde o início do segundo mandato de Donald Trump, em janeiro, a Guatemala já recebeu oito voos de deportação, a maioria de aviões militares, com mais de 600 cidadãos guatemaltecos repatriados.
O país implementou o programa 'Retorno ao Lar', que oferece assistência humanitária, acesso a empregos, educação, saúde e capacitação para migrantes retornados.
Acordo com El Salvador
Durante a mesma viagem, Rubio fechou um acordo semelhante com El Salvador. O governo do presidente Nayib Bukele aceitará migrantes irregulares deportados dos EUA e também se ofereceu para abrigar em suas prisões criminosos perigosos, incluindo cidadãos americanos ou membros de organizações criminosas transnacionais.
A Guatemala tem sido destacada por Rubio como um "modelo" nas relações com os EUA, especialmente em políticas migratórias.