O governo chinês reiterou nesta quarta-feira sua firme oposição às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações chinesas, alertando sobre as consequências negativas de tal decisão e pedindo um diálogo entre as partes.
"As guerras comerciais e tarifárias não deixam vencedores. Pressionar ou ameaçar a China não levará a lugar algum", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa. Ele pediu a Washington que "corrija seus erros" e aborde "as preocupações de cada um por meio de consultas iguais e promova o desenvolvimento estável, sólido e sustentável" das relações bilaterais.
Na semana passada, Trump assinou uma ordem executiva para impor tarifas de 10% sobre as importações da China. De acordo com uma declaração da Casa Branca, a tarifa será aplicada até que se obtenha "total cooperação do governo chinês na luta contra o fentanil".
Resposta da China às tarifas
Em resposta, Pequim decidiu, na terça-feira, impor tarifas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos EUA, e de 10% sobre petróleo, maquinário agrícola, carros com motores grandes e caminhonetes dos EUA. "As medidas tomadas pela China são necessárias para proteger nossos direitos e interesses legítimos", comentou Lin.
Além disso, o Ministério do Comércio da China anunciou no último domingo que o país processará os Estados Unidos perante a Organização Mundial do Comércio por causa das tarifas mencionadas acima.
Trump não está com "pressa" para conversar
Enquanto isso, o ocupante da Casa Branca afirmou na terça-feira que não tem "pressa" para conversar com o presidente chinês Xi Jinping, apesar de ter anunciado no dia anterior que poderia haver conversas "nas próximas 24 horas".
"Nós conversaremos com ele no momento apropriado. Não tenho pressa", enfatizou Trump em uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca.