Com a alegação de impedir que o Irã adquira armas nucleares, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump assinou, na terça-feira, uma ordem executiva restabelecendo a política de "pressão máxima" contra o Irã.
A medida determina que o Departamento do Tesouro adote uma estratégia de "pressão econômica máxima" contra o país, aplicando sanções para reduzir a zero as exportações de petróleo iranianas.
Antes de assinar o memorando, Trump afirmou que se sentiu "dilacerado" e que "não estava feliz em fazê-lo", por considerar que as sanções serão severas para o Irã. "Esperamos não ter de usá-lo muito", disse o presidente dos EUA a jornalistas, segundo a Fox News.
'Seria aniquilado'
Durante a renovação da campanha de pressão contra Teerã, Trump afirmou que deixou "instruções" para que, caso fosse assassinado pelo Irã, o país fosse "aniquilado".
"Seria terrível se eles fizessem isso. Se o fizessem, seriam aniquilados", declarou ao ser questionado por jornalistas sobre supostas ameaças iranianas contra ele e sua equipe.
"Será o fim. Deixei instruções de que, se o fizerem, serão aniquilados. Não sobrará nada", acrescentou.
Trump também afirmou que deseja "um bom relacionamento com todos", mas ressaltou que o Irã não pode ter armas nucleares.
Em setembro, durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, o presidente alegou que o Irã estava tentando matá-lo e prometeu "explodir em pedaços" qualquer país que colocasse em risco um político norte-americano de alto escalão.
Perseguição antiga
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs severas restrições ao Irã, reduzindo as exportações de petróleo bruto do país a quase zero.
Já sob a administração de Joe Biden, o Irã conseguiu contornar as sanções e recuperar sua indústria petrolífera. Em 2024, a produção atingiu o maior nível desde 2018, com receitas de US$ 54 bilhões, segundo a Reuters.
A recente decisão de Trump ocorreu às vésperas de sua reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Recentemente, o senador republicano Lindsey Graham, um lobista pró-Israel da Carolina do Sul, afirmou que a visita de Netanyahu era a oportunidade ideal para eliminar a "ameaça nuclear" iraniana. Ele defendeu que os Estados Unidos apoiem Israel caso o país decida "dizimar" o programa nuclear do Irã.