Plano de Trump de expulsar 2,2 milhões de palestinos de Gaza pode 'mudar a história', diz Netanyahu

Para o primeiro-ministro israelense, um dos principais objetivos de Israel na ofensiva contra Gaza – que já matou cerca de 50 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças – é "garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça" ao país.

A proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que os EUA assumam o controle da Faixa de Gaza "merece ser considerada" e será avaliada, afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele elogiou Trump, a quem chamou de "melhor amigo" de Israel, por pensar "fora da caixa".

Durante uma coletiva de imprensa conjunta com Netanyahu na Casa Branca, na terça-feira, Trump declarou que os 2,2 milhões de palestinos que vivem em Gaza deveriam "ser reassentados".

Ele também afirmou que tornaria o território devastado por Israel "inacreditável", removendo bombas não detonadas, escombros e promovendo a reconstrução econômica da região.

Netanyahu reagiu positivamente à proposta e classificou a ideia como uma "medida histórica". Segundo ele, um dos principais objetivos de Israel na ofensiva contra Gaza – que já matou cerca de 50 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças – é "garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça" ao país.

"O presidente Trump está levando isso a um nível muito mais alto. Ele vê um futuro diferente para aquele pedaço de terra", afirmou Netanyahu, acrescentando que Trump "tem uma ideia diferente".

"Acho que é algo que pode mudar a história", continuou o premiê israelense, destacando que os dois países estão discutindo as possibilidades.

"Sua disposição de desafiar o pensamento convencional – pensamento que falhou repetidamente – e de apresentar idéias novas nos ajudará a alcançar todos esses objetivos", concluiu.