Trump: "Estamos tendo conversas muito boas e construtivas com a Rússia e a Ucrânia"

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que Washington está tendo "conversas muito boas e construtivas" com Moscou e Kiev.
"Estamos tendo conversas muito boas e muito construtivas sobre a Ucrânia. Estamos conversando com as lideranças russa e ucraniana", afirmou o mandatário norte-americano durante uma coletiva de imprensa após sua reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Ele também reafirmou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia "nunca deveria ter acontecido".
Observando que as hostilidades causaram muitas baixas em ambos os lados, Trump enfatizou que deseja que o conflito termine, chamando-o de "um massacre absoluto". "Estamos tendo conversas muito boas e acho que vamos chegar lá. Não podemos permitir que isso continue, é uma tragédia humana e vamos nos esforçar muito para acabar com isso", concluiu.
- Após sua posse, Trump expressou seu desejo de se reunir com Vladimir Putin para pôr fim ao conflito ucraniano. Por sua vez, o presidente russo disse que Moscou "está aberta ao diálogo com a nova administração dos EUA" para discutir a questão. "Sempre dissemos, e eu gostaria de enfatizar mais uma vez, que estamos prontos para essas negociações sobre o problema ucraniano", declarou o líder russo em janeiro.
- No entanto, é preciso lembrar que o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, aprovou em 2022 a decisão do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia sobre a "impossibilidade de manter conversas" com Putin. A esse respeito, o presidente russo enfatizou que o decreto assinado por Zelensky, "quando ele ainda era um chefe de Estado bastante legítimo", torna quase impossível negociar seriamente uma solução para o conflito. Putin ressaltou várias vezes que, de acordo com a própria constituição da Ucrânia, Zelensky é um líder ilegítimo em seu próprio país e não pode assinar acordos com a Rússia. Zelensky, cujo mandato expirou em 20 de maio de 2024, recusou-se a convocar eleições presidenciais, invocando a lei marcial do país.