Pela primeira vez, Pyongyang critica o novo governo dos EUA

O Ministério das Relações Exteriores da RPDC chamou as observações do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de "absurdas" e descreveu os EUA como o "país mais depravado do mundo".

O Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) criticou veementemente as recentes declarações do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, nas quais ele chamou a nação asiática de "Estado pária".

"Não é normal que o mundo tenha apenas uma potência unipolar. Isso não era assim, era uma anomalia. Foi um produto do fim da Guerra Fria, mas eventualmente voltaria a um ponto em que haveria um mundo multipolar, com várias grandes potências em diferentes partes do globo. Estamos lidando com isso agora com a China e, até certo ponto, com a Rússia, e temos que lidar com Estados párias como o Irã e a Coreia do Norte", afirmou Rubio em uma entrevista na semana passada.

Em resposta, um porta-voz do Ministério norte-coreano emitiu uma declaração na segunda-feira, na qual rejeitou "veementemente" as observações do secretário e as chamou de "absurdas". Ele também considerou tais declarações como uma "grave provocação política totalmente contrária ao princípio do direito internacional".

"Tendo em vista as tendências políticas de Rubio e a antipatia de longa data dos Estados Unidos pela RPDC, seu discurso não é novidade, e seria mais surpreendente se ele tivesse dito algo positivo sobre a RPDC", acrescentou o porta-voz.

Pyonyang também considerou "absurdo e ilógico" o fato de o "país mais depravado do mundo" rotular outro como um "Estado pária", dizendo que os comentários serviram para "confirmar, mais uma vez, que a política hostil dos EUA em relação à RPDC permanece inalterada".

"Os comentários grosseiros e sem sentido de Rubio apenas mostram diretamente a visão incorreta do novo governo dos EUA sobre a RPDC e nunca ajudarão a promover os interesses dos EUA como ele deseja", concluiu, enfatizando que Pyongyang "não tolerará nenhuma provocação" de Washington e dará uma resposta forte, "como de costume".