O investigador da Polícia Civil Cléber Rodrigues Gimenez foi detido recentemente sob acusação de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, em um caso considerado o maior escândalo de corrupção da história da agência.
O caso, que envolve o desvio de R$ 81 milhões e o tráfico de drogas, informou o UOL nesta segunda-feira.
De acordo com o portal, Gimenez recebia pagamentos por sua participação em um esquema de tráfico de grandes quantidades de maconha e cocaína, que ele apreendia de traficantes e revendia a outros criminosos. Uma das empresas de sua propriedade, que não possui funcionários, recebeu R$ 81 milhões, mas, somando o dinheiro que circulava entre outras pessoas ligadas a ele, o total pode chegar a R$ 123 milhões.
Além de Gimenez, também foram presos os investigadores Gustavo Cardoso de Souza e Thiago Gonçalves de Oliveira, o construtor Maxwell Pereira da Silva e Matheus Cauê Mendes Parro, conforme informações da mídia.
O portal destacou que as primeiras suspeitas sobre a atuação ilegal de Gimenez surgiram em 2021, quando se observou um aumento anômalo nas apreensões de drogas na delegacia onde ele trabalhava.
"Maior traficante de drogas da Polícia Civil"
Fontes da investigação revelaram à mídia que Gimenez e seus comparsas recebiam informações de informantes do Mato Grosso do Sul sobre carregamentos de drogas que seguiriam para São Paulo, com detalhes sobre veículos e motoristas envolvidos.
Usando documentos falsificados, os policiais envolvidos no esquema desviavam caminhões para o bairro do Bom Retiro, em São Paulo, área sob jurisdição da 1ª Delegacia Seccional, unidade onde Gimenez atuava.
Conforme apontado pelo veículo, Gimenez é considerado o "maior traficante" da história da Polícia Civil brasileira.