Sara Netanyahu é investigada por intimidar testemunha em caso de corrupção do marido

A investigação envolve acusações de manipulação de investigações e uso de recursos para prejudicar opositores políticos de Benjamin Netanyahu.

A Procuradoria de Israel anunciou no domingo que seu Departamento de Crimes Cibernéticos e a polícia estão investigando Sara Netanyahu desde dezembro, por suposta tentativa de intimidar uma testemunha e interferir em um caso de corrupção criminal envolvendo seu marido.

A informação foi confirmada à deputada da Knesset Naama Lazimi, que compartilhou os detalhes com o The Times of Israel.

Hadas Klein, uma testemunha-chave no "caso 1000", no qual Benjamin Netanyahu é acusado de receber ilegalmente centenas de milhares de dólares em charutos, champanhe e joias, teria sido vítima de intimidação.

Muitos desses presentes foram dados a pedido de Sara Netanyahu. A esposa do primeiro-ministro também é acusada de organizar protestos e uma campanha online contra Klein, com o auxílio do falecido assessor de seu marido, o que levou ao início de uma investigação após um programa do Channel 12 revelar o assédio e a influência de Sara na nomeação do Comissário de Polícia Danny Levy.

Em janeiro, Hadas Klein afirmou, em entrevista à TV, que acreditava que o assédio nas redes sociais a que foi submetida tinha origem "de cima" e revelou novos detalhes sobre o comportamento agressivo de Sara Netanyahu.

Comentando o caso, a deputada Lazimi destacou que a notificação oficial da promotoria sobre a investigação contra a esposa do primeiro-ministro era importante para a supervisão parlamentar e o sistema judiciário.

Ela classificou Sara Netanyahu como uma "criminosa condenada", afirmando que, conforme o arquivo da investigação, "ela agiu para prejudicar a promotoria e desacreditar uma testemunha".