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Trudeau reage após Trump estabelecer tarifas contra seu país, que exporta 75% para os EUA

O primeiro-ministro canadense anunciou tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos, incluindo cerveja, alimentos, roupas, borracha e "muito mais".
Trudeau reage após Trump estabelecer tarifas contra seu país, que exporta 75% para os EUAGettyimages.ru / Lintao Zhang

Neste sábado, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou uma tarifa de 25% contra 155 bilhões em produtos dos EUA, em resposta à decisão do governo Trump de estabelecer tarifas contra Toronto. Tais medidas abrangem bens do cotidiano, como cerveja, bens alimentícios, roupas, borracha e ''muito mais''.

Ao longo do pronunciamento televisionado, o político alertou que as políticas do presidente dos EUA trazem impactos negativos para os próprios americanos, que enfrentarão preços mais altos e o fechamento de fábricas e empregos.

"Se o presidente Trump deseja uma era de ouro, o melhor caminho é ser parceiro do Canadá, e não nos punir", afirmou, ressaltando que o país possui recursos naturais e minerais que os EUA necessitam, além de compartilhar "ideais comuns". "Estamos prontos para trabalhar juntos."

Nesse contexto, Trudeau ressaltou que as medidas oferecem ao Canadá a chance de diversificar seus parceiros internacionais e que não descarta restringir a exportação de minerais valiosos para os EUA.

O primeiro-ministro também falou sobre as preocupações do presidente dos EUA, que justificou as tarifas alegando que o país-vizinho não estava fazendo o suficiente para conter o fluxo de drogas entrando em território norte-americano:

"Menos de 1% do fentanil que entra nos Estados Unidos vem do Canadá", observou, destacando que mesmo assim, foi implementado um plano de fronteira que já trouxe resultados. "É uma droga que queremos ver eliminada da face da Terra", garantiu.

Por último, o líder canadense incentivou seus cidadãos a optarem por produtos nacionais em vez de norte-americanos e a visitarem destinos dentro do Canadá, em vez de viajar para os EUA. ''Estamos todos nessa juntos'', afirmou, em um comunicado àqueles que se encontram ''ansiosos'' com as últimas notícias.