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Sheinbaum reage após Trump impôr tarifas e acusar seu governo de conluio com quartéis

A presidente do México rejeitou categoricamente as acusações e manifestou sua disposição a "trabalhar em conjunto de forma abrangente" para conter o fluxo de drogas.
Sheinbaum reage após Trump impôr tarifas e acusar seu governo de conluio com quartéisLuis Barron/ Pixelnews/Future Publishing

"Não é impondo tarifas que os problemas são resolvidos, mas por meio do diálogo", escreveu neste sábado a presidente mexicana Claudia Sheinbaum, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter assinado ordens executivas para impor tarifas de 25% aos produtores mexicanos até que o país latino-americano "coopere na luta contra as drogas".

Ela instruiu o secretário de economia mexicano, Marcelo Ebrard, a implementar o "plano B" no qual estão trabalhando, "que inclui medidas tarifárias e não tarifárias em defesa dos interesses do México".

A presidente mexicana também rejeitou "categoricamente" qualquer "interferência" no território mexicano, bem como a afirmação da Casa Branca de que o governo mexicano tem alianças com cartéis de drogas.

De acordo com o presidente, o "consumo sério" e a distribuição de fentanil nos EUA é "um problema de saúde pública" que o governo norte-americano e suas agências "não abordaram".

"Se o governo dos EUA e suas agências quisessem abordar o grave consumo de fentanil em seu país, poderiam, por exemplo, combater a venda de narcóticos nas ruas de suas principais cidades, o que não fazem", disse Sheinbaum, sugerindo ainda uma campanha massiva visando evitar o consumo dessas drogas e educar os jovens.

"O México não quer confronto [...] O México não só não quer que o fentanil chegue aos EUA, se não a qualquer lugar", continuou ela, propondo ao governo Trump "trabalhar em conjunto de forma abrangente" sob os princípios de "responsabilidade", "confiança" e "respeito à soberania, que não é negociável", declarou.