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Canadá 'poderá enfrentar momentos difíceis', diz Trudeau sobre tarifas de Trump
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Na manhã desta sexta-feira (31), o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, fez uma previsão dura sobre o futuro de seu país diante das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
''Não vou usar meias palavras. Nossa nação poderá enfrentar momentos difíceis nos próximos dias e semanas", afirmou o premiê antes de uma reunião com seu conselho de relações Canadá-EUA em Toronto.
Dados do Observatório de Complexidade Econômica (OEC) mostram que 74,5% das exportações do Canadá são destinadas aos Estados Unidos, evidenciando os potenciais danos à economia canadense.
"Sei que os canadenses podem estar ansiosos e preocupados. Quero que eles saibam que o governo federal, aliás, todos os níveis de governo, os apoiam", prosseguiu.
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Nesse contexto, Trudeau garantiu aos cidadãos canadenses que seu governo possui preparada uma ''resposta objetiva e vigorosa, mas razoável e imediata'' caso Trump levasse as medidas adiante. "Não é o que queremos, mas se ele levar adiante, também vamos agir".
Horas depois das declarações, Trump foi enfático ao afirmar que não há nada que o Canadá, México e China poderiam fazer para evitar as tarifas.
Em seguida, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que as novas tarifas comerciais contra os três países em questão entrarão em vigor em 1º de fevereiro:
"O presidente implementará amanhã tarifas de 25% sobre o México, 25% sobre o Canadá e 10% sobre a China por causa do fentanil ilegal que eles forneceram e permitiram que fosse distribuído em nosso país, o que matou dezenas de milhões de americanos", disse Leavitt.