Maduro recebe enviado especial de Trump

Mais cedo, o ministro da Informação e Comunicação da Venezuela, Freddy Ñáñez, confirmou a visita de Richard Grenell.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu nesta sexta-feira, no Palácio de Miraflores, Richard Grenell, enviado especial do governo dos Estados Unidos, que solicitou uma "audiência formal" com o presidente.

Maduro propôs uma "agenda zero", o que significa que Caracas e Washington devem deixar de lado suas diferenças e começar a escrever uma nova página em suas relações bilaterais.

A assessoria de imprensa de Maduro declarou que o governo bolivariano propôs "uma negociação entre iguais, sem imposição e com respeito".

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, por sua vez, disse à mídia que Grenell foi enviado à capital venezuelana para coordenar a repatriação de migrantes e garantir a libertação de cidadãos norte-americanos presos no país sul-americano.

Protestos de Gonzalez

Em uma entrevista publicada na quarta-feira pela imprensa norte-americana, o candidato derrotado Edmundo Gonzalez, reconhecido unilateralmente pelos EUA como presidente da Venezuela, instou o governo Trump a não negociar com Maduro na questão da repatriação, advertindo que isso resultaria em "vantagem política" para o chavista.

''Em vez disso, ele e sua equipe pediram às autoridades dos EUA que enviassem os deportados venezuelanos para um outro país'', explica o jornal Washington Post.

González concedeu a entrevista durante sua "turnê' por vários países das Américas. Embora houvesse especulações de que ele entraria em território venezuelano, as autoridades o advertiram de que, se tentasse entrar no país, seria preso sob a acusação de usurpação de funções, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, desrespeito às instituições do Estado, instigação à desobediência da lei e associação criminosa.