O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu aos cidadãos colombianos que estão ilegalmente nos EUA que "deixem seus empregos imediatamente" e retornem ao seu país de origem "o mais rápido possível".
"A riqueza é produzida somente pelos trabalhadores. O Departamento de Prosperidade Social, DPS, buscará fornecer créditos produtivos aos retornados que se inscreverem em seus programas", afirmou ele em sua conta no X.
"Vamos construir riqueza social na Colômbia", enfatizou Petro, que esta semana esteve no centro de um impasse diplomático com Washington sobre voos com migrantes irregulares deportados, devido aos maus-tratos e à falta de protocolos humanitários para seus cidadãos.
O posicionamento de Petro ocorre após as declarações do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que descartou que a administração de Donald Trump tenha feito "bullying" contra a nação latino-americana.
"A grande maioria das pessoas na Colômbia", disse Rubio, que afirma conhecer o país "muito bem", "nem sequer gosta de seu presidente" Gustavo Petro.
Postura firme
Rubio se alinhou com Trump, que um dia antes havia assegurado que "a Colômbia pediu desculpas" aos EUA, após o escândalo sobre não aceitar aviões militares dos EUA com migrantes colombianos algemados a bordo.
Por sua vez, o presidente colombiano deu a entender que a declaração de seu homólogo norte-americano estava longe da verdade, pois ele não tinha motivos para se desculpar: "Caro presidente norte-americano, eu pediria perdão se tivesse sido cúmplice do genocídio em Gaza", escreveu, em tom crítico, Petro em suas redes sociais.