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Trump ordena deportação de estudantes estrangeiros solidários à Palestina

De acordo com a ordem executiva, estudantes e funcionários estrangeiros que manifestarem solidariedade aos palestinos – frente aos massacres de Israel contra civis – serão investigados com risco de serem expulsos do país.
Trump ordena deportação de estudantes estrangeiros solidários à PalestinaGettyimages.ru / Tayfun Coskun/Anadolu

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira (29) uma ordem executiva para combater o "antissemitismo" e prometeu deportar estudantes universitários estrangeiros e outros não cidadãos que participaram de protestos contra o massacre na Palestina, informou o New York Post. 

"Os estudantes judeus têm enfrentado uma barragem implacável de discriminação; negação de acesso às áreas e instalações comuns do campus, incluindo bibliotecas e salas de aula; e intimidação, assédio, ameaças físicas e agressões", diz o documento.

A medida afirma que a operação do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, desencadeou uma onda de "vil discriminação antissemita, vandalismo e violência" contra cidadãos norte-americanos, "especialmente em escolas e universidades".

Trump critica a gestão anterior por não ter enfrentado os supostos casos de "intimidação e agressões" contra estudantes judeus.

"Será política dos Estados Unidos combater vigorosamente o antissemitismo, usando todas as ferramentas legais disponíveis e apropriadas, para processar, remover ou responsabilizar os autores de assédio e violência antissemitas ilegais", afirma a ordem.

A diretriz estabelece um prazo de 60 dias para que órgãos do governo apresentem recomendações sobre o tema à Casa Branca.

Enquanto isso, os secretários de Estado, Educação e Segurança Interna devem orientar universidades a monitorar atividades de estudantes e funcionários estrangeiros relacionadas ao tema, comunicá-las às autoridades e, se necessário, iniciar investigações que possam levar à deportação.

  • Desde o início da guerra de Israel contra os palestinos, em outubro de 2023, os EUA têm registrado uma série de protestos pró-Palestina, alguns marcados por confrontos com a polícia. Manifestantes denunciam o que consideram massacres indiscriminados contra civis em Gaza.