A Marinha dos EUA proibiu seus integrantes de usar o modelo de inteligência artificial lançado pela empresa chinesa DeepSeek, informou o canal CNBC na terça-feira (28).
O canal noticia que a Marinha advertiu, em um e-mail enviado ao pessoal de serviço, que o modelo R1 da DeepSeek havia sido proibido "para qualquer tarefa relacionada ao trabalho ou uso pessoal".
"A Marinha declarou que a inteligência artificial do DeepSeek não deveria ser usada 'em nenhuma capacidade' devido a 'possíveis preocupações de segurança e considerações éticas associadas à origem e ao uso desse modelo'", explicou a mensagem, obtida pelo canal.
O artigo acrescenta que os militares foram instruídos a "abster-se de baixar, instalar ou usar o chatbot de IA DeepSeek de qualquer forma".
Em 20 de janeiro, a startup chinesa DeepSeek apresentou seu próprio modelo de IA, que abalou o mercado global e provocou uma queda de quase US$ 1 trilhão na bolsa de valores Nasdaq, nos EUA.
Segundo testes realizados pela empresa, o "Qwen 2.5-Max supera em quase todos os aspectos o GPT-4o, o DeepSeek-V3 e o Llama-3.1-405B", disse a unidade de nuvem do Alibaba em um anúncio publicado em sua conta oficial do WeChat, referindo-se aos modelos de IA de código aberto mais avançados do OpenAI e da Meta*.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o lançamento do modelo da DeepSeek foi um "alerta" para que as empresas de tecnologia norte-americanas se preparassem para a competição.
*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.