Se o Ocidente enviar suas forças militares para a Ucrânia, um conflito direto entre a Rússia e a OTAN não poderá ser evitado, alertou o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, nesta terça-feira, comentando as sugestões feitas na cúpula de Paris no dia anterior.
"Conhecemos bem a posição de Macron sobre a necessidade de infligir uma derrota estratégica à Rússia. Prestamos atenção ao fato de que a questão do envio de forças militares para a Ucrânia foi discutida. E que não existe um consenso unificado. Vários países mantêm uma avaliação do perigo potencial de tais ações, do envolvimento no conflito. Isso não é dos interesses desses países, devem estar cientes disso", disse Peskov.
Durante a cúpula especial sobre o conflito ucraniano, que contou com a participação de cerca de 20 países, o presidente francês Emmanuel Macron disse em uma coletiva de imprensa: "Não há consenso hoje para enviar tropas para o terreno de forma oficial, assumida e endossada". "Mas, em termos dinâmicos, nada deve ser descartado", afirmou.
O presidente russo Vladimir Putin já havia discorrido sobre um cenário em que forças adicionais são enviadas para a Ucrânia durante entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson no início de fevereiro. "Se alguém quiser enviar tropas regulares, isso certamente colocará a humanidade à beira de um conflito global muito sério. Isso é óbvio", disse na ocasião.