Em uma entrevista publicada nesta quarta-feira pela CNN, o chanceler alemão Olaf Scholz criticou Elon Musk por "interferir na política e apoiar forças de extrema direita na Europa". Ele afirmou que a responsabilidade da Alemanha pelo Holocausto deve continuar sendo reconhecida e exaltou o papel dos Estados Unidos na democratização do país após a Segunda Guerra Mundial.
"Estamos muito felizes que os EUA libertaram nosso país e nos ajudaram a nos tornarmos uma democracia", declarou Scholz.
A fala gerou forte reação do governo da Rússia. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Maria Zakharova, acusou o chanceler de apagar o papel do Exército Vermelho na derrota do nazismo:
"Então os alemães foram libertados apenas pelos Estados Unidos? Não houve 600 mil soldados soviéticos mortos libertando a Polônia e Auschwitz? O gabinete do comandante soviético não salvou os berlinenses da fome em 1945? Não havia uma bandeira vermelha no Reichstag?", questionou Zakharova no Telegram.
Nesse contexto, a representante acusou a historiografia ocidental de "denegrir o Exército Vermelho, negar o genocídio do povo soviético e continuar com a segregação das vítimas do nazismo", destacando a importância em "defender a verdade histórica".
A diplomata russa também sugeriu que Scholz deveria "começar condenando o apoio da Alemanha ao regime de Kiev antes de criticar a extrema-direita".