Parlamento russo pede investigação internacional sobre suposto plano do governo Biden para assassinar Putin

A conspiração para assassinar o presidente da Rússia é um caminho direto para a guerra nuclear, alertou o presidente da Duma Estatal russa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin.

As declarações do jornalista norte-americano Tucker Carlson sobre uma suposta tentativa da administração do ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden de assassinar o presidente russo, Vladimir Putin, devem ser investigadas por órgãos internacionais, afirmou Vyacheslav Volodin, presidente da Duma Estatal da Rússia [câmara baixa do parlamento russo].

"A simples discussão sobre uma tentativa de assassinato contra Putin já é um crime. Representa uma grave ameaça à segurança mundial e um caminho direto para uma guerra nuclear. Isso deve ser investigado por todas as instituições internacionais", escreveu Volodin em seu canal no Telegram.

O parlamentar russo disse ainda que pedirá ao Congresso dos Estados Unidos que investigue o caso, acrescentando que tais alegações "devem ser levadas a sério".

"Elos da mesma corrente"

As declarações de Volodin foram feitas um dia após Carlson afirmar que o governo Biden, especialmente o ex-secretário de Estado Antony Blinken, tentou matar o presidente russo.

"Acho que essa é uma das razões pelas quais Tony Blinken pressionou tanto por uma guerra real, tentando matar Putin, o que o governo Biden fez. Eles tentaram matar Putin", disse Carlson, sem apresentar detalhes.

Volodin destacou que, mesmo já tendo se passado um dia após as declarações de Carlson, "ninguém negou. Nem Biden nem Blinken responderam às afirmações", apontou.

O presidente da Duma também mencionou recentes tentativas de assassinato contra líderes internacionais, que chamou de "elos da mesma corrente".

"Estavam preparando um atentado contra o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que foi evitado. O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, sofreu um atentado. Houve ainda uma tentativa de assassinato contra Donald Trump durante sua campanha eleitoral", argumentou.

Por fim, Volodin afirmou que a Rússia está travando uma "luta brutal", destacando a "magnitude dos desafios e ameaças" contra o país.