Proposta de construção de cerca na fronteira com Bolívia gera atrito entre Milei e Arce

O presidente da Bolívia, Luis Arce, afirmou não ter sido consultado sobre os planos de seu homólogo argentino, Javier Milei, para a construção de uma cerca na fronteira entre os dois países.

Arce, citado pela imprensa argentina nesta terça-feira, manifestou sua ''preocupação'' e observou que ''qualquer medida unilateral poderia afetar a coexistência pacífica''.

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O anúncio dos planos foi realizado na segunda-feira, pelo município de Aguas Blancas. Planeja-se a utilização de fundos nacionais para a edificação de uma cerca de 2,5 metros de altura e 200 metros de extensão, desde o terminal de ônibus do município até os escritórios da Direção Nacional de Migração.

Virginia Cornejo , Diretora Nacional de Vigilância e Controle de Fronteiras do Ministério da Segurança Nacional do governo Milei, declarou ao jornal El Tribuno que as obras terão como objetivo "combater crimes federais na fronteira norte de Salta", mas com foco especial nos departamentos de Orán e Aguas Blancas, "áreas estratégicas conectadas à Bolívia".

De acordo com Adrián Zigarán, ex-prefeito da cidade de Aguas Blancas, ''há uma completa ausência de controle'' sobre quem entra no país através da fronteira. ''A fronteira com as drogas foi ampliada em 300 quilômetros até Salta. Apareceram pessoas decapitadas, pessoas executadas com selos em suas costas", alegou.