O Ministério do Trabalho e Economia Social da Espanha chegou a um acordo para discutir, em caráter de urgência, a redução da jornada semanal de trabalho de 40 para 37,5 horas.
A medida é defendida pela ministra da pasta, Yolanda Díaz, líder do partido Sumar, que integra a coalizão governista com o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do primeiro-ministro Pedro Sánchez.
O projeto de lei, incluído no acordo de governo, será analisado no próximo Conselho de Ministros, previsto para 4 de fevereiro. A meta é implementar a mudança ainda em 2025, após o adiamento da etapa intermediária que previa a redução para 38,5 horas em 2024.
Apesar de ser um passo importante, a proposta ainda precisará ser aprovada pelo parlamento. O texto também incluirá medidas de flexibilidade voltadas para pequenas e médias empresas.
Semana de quatro dias?
O debate sobre a redução da jornada reacende a discussão sobre a semana de trabalho de quatro dias, apontada como alternativa para equilibrar vida pessoal e profissional. No Reino Unido, 200 empresas, que juntas empregam 5 mil pessoas, já adotaram o modelo sem corte de salário.
A iniciativa é voluntária e baseada em estudos que indicam aumento na produtividade dos trabalhadores. O governo britânico também apresentou planos para permitir que todos os empregados possam optar pela semana reduzida.
Países como Alemanha e Espanha têm debatido o modelo nos últimos anos como forma de modernizar as relações de trabalho.